Fui claro, e parecia estar
adivinhando, ao afirmar que a CBF iria cometer o maior “mico” na história do
futebol brasileiro. E não deu outra. Em menos de 24 horas após a minha
afirmativa a ex- poderosa Confederação Brasileira de Futebol recuou de maneira vexatória
numa patente demonstração de queda de poder.
Não querendo reconhecer seu erro e procurando
demonstrar poder, tentou influenciar na decisão do Treze ao garantir – falsa
promessa – que a Série C seria iniciada e que o clube paraibano seria punido
severamente por ter recorrido a Justiça Comum. Puro engano. Erro mesmo. O tiro
saiu pela culatra. A Paraíba mostrou capacidade jurídica.
Depois de ganhar oito vezes seguidas
da CBF - verdadeira goleada jurídica - nas tentativas de anular pedido de
Liminar favorecidas ao Treze, mais uma vitória, a nona, “fechou o firo” e fez a
CBF, o STJD e o Rio Branco (AC) “botar a viola no saco” e incluir o Treze na
competição, Série C, como de fato pretendia o “Galo da Borborema” invocando seu
direito.
Pra “fechar a conta”, mais uma vez, a
Justiça da Paraíba ampliou o placar para 9 a 0 com o Juiz Substituto da 1ª Vara
Cível de Campina Grande, Falkandre de Sousa Queiróz, deferindo o pedido de
Liminar interposto pelo Treze contra a CBCF, o STJD e o Rio Branco (AC)
obrigando os citados, em caso de descumprimento, ao pagamento de multas
pesadíssimas.
No deferimento do pedido de Liminar o
Juiz ainda elevou a multa em caso de descumprimento. A CBF, o STJD e o Rio
Branco (AC) serão obrigados a pagar R$ 100 mil por dia, sem teto máximo, em
caso de início da competição sem a participação do Treze, e mais R$ 5 mil para
cada dia de atraso no descumprimento da decisão.
Foi realmente uma “cacetada” na CBF,
causadora de todo problema com a “tabelinha torta” combinada com o Rio Branco.
Uma “aula” jurídica aos membros do STJD que tentaram se associar a decisão da
CBF. Um exemplo aos clubes brasileiro que há muitos anos vem mantendo os mesmos
dirigentes na CBF e Federações
Mudanças, Já! Aos poucos, com
decisões corajosas exemplificadas pelos dirigentes do Treze, a mudança está
próxima. Não só na CBF como também em muitas Federações, tal qual a da Paraíba
que há mais de 25 anos é comandada pela mesma família: Gomes. O futebol
brasileiro está carente de renovação. Caso contrário a Copa de 2014 vai pro
“beleléu”.
O “Galo” deu o grito. “Ciscou” na
estrutura da CBCF e com certeza abriu caminho para outros gritos. A sua luta
contra o poder - vitória de goleada por 9 a 0 - dá a todos nós a esperança de
que, mesmo em tempo de Copa do Mundo, o futebol brasileiro pode dar uma guinada
na busca pela verdade, segurança, estabilidade e moralidade. MUDANÇA, JÁ!
O “pino” batido pela CBF provou que
não é imbatível. Necessário se faz, apenas, que homens corajosos, dirigentes
independentes e voltados para a moralidade do nosso futebol, ajam de maneira
coerente com a vontade do desportista, do torcedor. A hora está chegando. De
agora em diante os dirigentes da CBF pensarão duas vezes antes da palavra
final.
(P/P Adamastor Chaves)